quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mídia e desordem neoliberal, Ano IV

Quarta-Feira, 05 de Dezembro de 2012


MÍDIA E DESORDEM NEOLIBERAL, ANO IV



119,6 milhões de pessoas, ou 24,2% da população dos 27 países da Europa,  encontram-se no limiar da pobreza. Nos EUA, o programa de vale-refeição  garante comida a 46 milhões de pessoas - um em cada oito norte-americanos precisa de ajuda para não passar fome.
As importações mundiais mantém-se estagnadas, condição que se arrasta desde julho e um indicativo da paralisia no comércio internacional.  As encomendas industriais desabam na Europa, o que pode ser visto como um termômetro de agravamento da  recessão neste final de ano e início do próximo.
Nos EUA,  a produção industrial  recuou 0,4% em outubro, em relação ao mês anterior; institutos previam alta de 0,1%, depois que o indicador avançou apenas 0,2% em setembro.
Na Ásia, a China mostra recuperação, mas  o Japão patina. Em toda a América Latina a demanda emite sinais de enfraquecimento com a economia desidratada pela contração global da procura por matérias-primas.
No Brasil o emprego e a renda continuam em expansão, mas o investimento industrial completou o 5º trimestre negativo, com 2% de queda em setembro, enquanto  o PIB cresceu apenas 0,6% no período. Nesta 3ª feira, o ministro Guido Mantega  anunciou  R$ 2,8 bi em desonerações à construção civil, com corte de 20% para 2%  na alíquota do INSS sobre a folha.
Desde o início do crise, o país  já concedeu R$ 45 bi em incentivos fiscais à  retomada do crescimento. O valor equivale a quase 1ª do PIB, sendo criticado pelo jogral midiático, o mesmo que por 30 anos prega as virtudes dos mercados autorreguláveis e da desregulação financeira,e  que insiste na adoção do tripé ortodoxo: redução do Estado, supressão de direitos trabalhistas e choque de gestão -exatamente o que vem sendo feito há 30 aos. Com os resultados sabidos.

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