domingo, 24 de junho de 2012

O infiltrado

http://playboy.abril.com.br/entretenimento/politica/o-infiltrado/

O infiltrado


Por Fabio Murakawa
 

Ilustração Nilton Ramalho


Rio de Janeiro, 12 de março de 1980. O avião da Varig vindo de Caracas prepara sua aterrissagem no Aeroporto Internacional do Galeão. Na lista de passageiros, dois argentinos: Maria Cristina Aguirre de Prinssot e Jorge Piñero. A aeronave toca a pista. Sentados em assentos separados, Maria e Jorge fingem não se conhecer. Aos poucos, o avião vai perdendo velocidade. A jornada que começara em Havana, Cuba, com escalas no México e no Panamá, chega ao fim. Apressados, os passageiros iniciam o desembarque. No final da escada, ainda na pista, 30 homens aguardam. Um a um, todos os passageiros são obrigados a atravessar o corredor polonês. Maria segue à frente de Jorge, tentando aparentar tranquilidade a despeito de seu passaporte falso. Ela teme que seja por causa dela e de seu companheiro que aqueles homens estejam ali. Quando nota que alguns falam espanhol, tem certeza. Um dos agentes a segura pelo braço. Logo atrás, Jorge também é detido. Desesperada, Maria dá seguidas bolsadas em seu raptor. Em segundos, o casal é apartado dos demais passageiros. “Somos Mónica Binstock e Horacio Campiglia! Mónica Binstock e Horacio Campiglia!”, ainda gritaria Maria, revelando sua verdadeira identidade. Foi a última vez que foram vistos com vida.
Horacio Domingo Campiglia e Mónica Susana Pinus de Binstock eram integrantes da cúpula do movimento guerrilheiro Montoneros, de oposição armada à ditadura militar do general Leopoldo Galtieri, na Argentina. Ainda que o Brasil vivesse um momento diferente, marcado pela redemocratização conduzida pelo general João Figueiredo, presidente da República, a ação no Galeão revela que a política de colaboração firmada entre os governos militares do Cone Sul durante os anos 70 – conhecida como Operação Condor – mantinha-se ativa no início dos anos 80.
Essa parceria era notadamente mais estreita entre o Centro de Inteligência do Exército (CIE) brasileiro e o Batalhão de Inteligência 601 do Exército argentino. Juntos, conduziam operações de captura, montagem de bases secretas e infiltração de agentes com o objetivo de monitorar a movimentação de militantes de esquerda do país vizinho em território brasileiro.
Foi justamente uma informação obtida por um desses infiltrados que levou à ação no aeroporto do Galeão. De identidade secreta, era conhecido nos meios militares apenas como Gringo, apelido também utilizado para batizar a operação conjunta que culminaria com o aniquilamento da guerrilha armada na Argentina. “O Gringo era um Montonero que agia como um agente duplo. A função dele era montar uma organização de esquerda fictícia no Brasil e, por meio dela, fazer contatos com militantes e monitorar os passos da esquerda brasileira e de outros países”, conta à PLAYBOY o tenente-coronel Paulo Malhães, que em 1980 era o responsável pelos agentes infiltrados na subseção do CIE no Rio. “O Gringo veio cooptado da Argentina, trazido por um coronel do Batalhão 601”, afirma Malhães, hoje na reserva. É a primeira vez que ele fala sobre essa operação à imprensa.
Gringo atuava no Rio, mais precisamente na sede do Acnur, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Ali, segundo Malhães, mantinha contato com militantes de várias organizações de esquerda do Cone Sul, como MIR (Chile), Tupamaros (Uruguai), além dos Montoneros. O território não podia ser mais fértil.




“O Brasil tinha várias cidades com mais de 1 milhão de habitantes, onde era fácil se camuflar”, lembra Roberto Perdía, número 2 na hierarquia dos Montoneros. Além disso, havia o apoio de partidos políticos considerados de esquerda na época. “No começo da abertura política, tínhamos boas relações com o PDT de Leonel Brizola e com o PT em São Paulo”, conta Perdía. O ex-deputado do PT Luiz Eduardo Greenhalgh confirma a presença dos argentinos no Brasil. “Tive contato com quase todos os Montoneros. O líder, Mario Firmenich, por exemplo, esteve aqui comigo”, diz Greenhalgh, que posteriormente defenderia o Montonero em 1984, data da sua prisão no Brasil e extradição para a Argentina.
As informações obtidas pelo Gringo seguiam para a central do CIE em Brasília e, em alguns casos, para o SNI (Serviço Nacional de Informações), bem como para generais e ministros brasileiros. O ex-sargento do CIE Marival Chaves era o responsável pela leitura e distribuição desses documentos. Segundo ele, o CIE recebia da Argentina 20 mil dólares mensais para manter a Operação Gringo. “Os argentinos também arcavam com as despesas de hospedagem, alimentação e toda a infra-estrutura necessária para a atuação do Gringo”, conta Marival.
“O nível de entrosamento entre as Inteligências militares brasileira e argentina era vergonhoso”, afirma Jair Krischke, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre, que acompanhou a movimentação dos Montoneros no Brasil.

O espião, o guarda-móveis e o fim dos Montoneros
Malhães evita estabelecer uma ligação direta entre o Gringo e o sequestro de Horacio Campiglia e Mónica Binstock, mas uma informação do espião infiltrado no final de 1979 pode ter sido fundamental para viabilizar a operação do Galeão: a descoberta de um arsenal depositado pelos Montoneros em guarda-móveis de Buenos Aires. “A partir dessa informação, o Exército argentino pôde impedir que os guerrilheiros tivessem acesso às armas”, diz Malhães.
Chefe das Tropas Especiais de Infantaria dos Montoneros, as TEI, Horacio Campiglia e sua equipe, composta por 15 homens, esconderam as armas nesses depósitos antes de deixar o país para realizar treinamento militar no Líbano e na Síria. A volta à Argentina, por diferentes rotas, estava planejada para fevereiro ou março de 1980. O objetivo era detonar uma série de ataques a integrantes da equipe econômica argentina.
Em janeiro de 1980, com base em informações fornecidas pelo Gringo ao CIE e, posteriormente, ao 601, um desses guarda-móveis foi descoberto em Buenos Aires: o Montonero Ángel Carbajal foi detido em 21 de fevereiro, no momento que chegava para retirar um baú. Com a queda de Carbajal, outros 13 Montoneros foram capturados entre 27 de fevereiro e 20 de março de 1980. Sob tortura, um deles informou aos militares do 601 sobre a chegada de Campiglia ao Galeão. “A queda das TEI foi o fim dos Montoneros e da luta armada na Argentina”, afirma Roberto Perdía.

O amigo americano
Um documento datado de 7 de abril de 1980, assinado pelo então Oficial Regional de Segurança (RSO) da Embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires, James Blystone, confirma a ligação entre a queda de membros das TEI na Argentina e a prisão de Horacio e Mónica no Galeão, bem como os estreitos laços que uniam os serviços de Inteligência argentino e brasileiro. O relatório narra a conversa com um informante, membro do Batalhão 601, em 2 de abril daquele ano. A fonte afirma que o batalhão havia capturado um Montonero que confessou ter um encontro marcado com outros dois guerrilheiros no Rio. “Os dois Montoneros são Horacio Campiglia e Susana Binstock”, diz o documento.
Ainda de acordo com o documento de Blystone, “a Inteligência militar argentina (601) contatou seus colegas da Inteligência militar brasileira pedindo permissão para conduzir uma operação no Rio de Janeiro para a captura dos dois Montoneros. Os brasileiros deram a permissão e uma equipe voou (…) para o Rio num C130 da Força Aérea Argentina. Ambos os Montoneros foram capturados vivos e levados à Argentina a bordo do C130. (…) Eles estão atualmente detidos na prisão secreta do Exército, Campo de Maio”.
Edgardo Binstock, viúvo de Mónica, contou à PLAYBOY que estava no Rio por ocasião do seqüestro de sua mulher. Ele havia chegado dias antes para alugar um apartamento afastado da zona turística, onde moraria com Mónica e Horacio. O imóvel serviria como base para que membros das TEI recebessem instruções para suas ações armadas. “Continuei cobrindo diariamente os pontos marcados com minha mulher no Centro do Rio, mas ela nunca apareceu”, lembra. Edgardo acabaria voltando a Cuba para avisar à cúpula montonera que Mónica e Horacio haviam caído.

O espião sai de cena
Segundo o tenente-coronel Paulo Malhães, a Operação Gringo durou “até o final dos tempos”, ou seja, até que o general Leônidas Pires Gonçalves, seu antigo desafeto, assumisse o Ministério do Exército, durante o governo José Sarney, em 1985. Para desilusão de Malhães, Gonçalves desmontou por completo o aparato de Inteligência criado pelo CIE para vigiar os passos da esquerda brasileira e sul-americana.
O destino do Gringo, por sua vez, é incerto. Segundo o ex-sargento do CIE Marival Chaves, ele teria sido desmascarado numa viagem a Cuba. Interrogado pela polícia de Fidel Castro, teria morrido ali. Para Paulo Malhães, no entanto, o agente teve um fim mais nobre. Ele lembra que, com o tempo, a organização fictícia criada pelo Gringo passou a receber informações de organizações de esquerda do mundo todo, sobretudo de Cuba e da então União Soviética, o que teria despertado o interesse do serviço secreto dos Estados Unidos.
“O Gringo deixou o Brasil em 1985 e foi para o México”, afirma Malhães. Nos meios militares, o rumor é que, posteriormente, ele optou por defender as cores dos Estados Unidos. Na “guerra” contra os movimentos de esquerda, o Gringo se tornou um agente da CIA.





“O gringo se achava um 007”, diz ex-chefe
Paulo Malhães, 70 anos, é ex-integrante do Centro de Inteligência do Exército (CIE). Em 1980, era tenente-coronel e responsável pelo contato com os agentes infiltrados nas organizações de esquerda. Desiludido com a desmontagem do aparato de Inteligência do governo militar em 1985, desligou-se. Hoje vivendo no Rio, quebrou o silêncio e falou à PLAYBOY.

Quem era o Gringo?
Ele não era um pobre coitado. Era conhecido na Argentina. Quando foi preso, dispôs-se a colaborar. Não se considerava um traidor, mas um observador histórico. Também se achava uma espécie de 007, gostava do que fazia. Encontrei-o por acaso no Rio, há três anos. Mas não posso te falar o nome nem o que ele estava fazendo.
A organização dele tinha uma base?
Tinha, era clandestina. Só se combate a clandestinidade com clandestinidade.
Como se chamava essa organização?
Não me lembro, mas tinha credibilidade.
Onde ele operava?
Junto aos argentinos que procuravam o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) no Rio de Janeiro, coletando informações sobre a movimentação desses subversivos aqui. Ele também viajava muito. Cuba, México, França, Espanha. Chegou a receber apoio da Embaixada soviética. Passou informações sobre espiões soviéticos no Brasil. Alguns foram expulsos.
Informações obtidas pelo Gringo podem ter levado à prisão de Horacio Campiglia e Susana Binstock no Galeão?
Sim. O Gringo tinha os dados. Se ele quisesse vender, vendia. Também ouvi falar de sobrevôos de aeronaves militares argentinas.
Por que o Gringo traiu seus companheiros?
Por dinheiro. O suficiente para fazer a vida. Ninguém se vende por arroz e feijão.
Por que o senhor acha que o Gringo se ligou à CIA?
A Operação Gringo passou a receber informações de várias partes do mundo. Isso, obviamente, interessava aos serviços de Inteligência de países como os Estados Unidos. Mas, em 1985, o aparato de Inteligência foi desmontado pelo ministro do Exército, Leônidas Pires, e o Gringo deixou de receber da gente. Aí, acredito, ele achou melhor se ligar à CIA.
O senhor não gostaria de ver o documento sobre as operações conjuntas do Brasil e da Argentina? Quem sabe o senhor não se lembra de algo relacionado ao seqüestro do Galeão…
Não. Esse período está morto. O Brasil hoje poderia ser um dos países mais bem-informados do mundo. E tudo isso foi jogado fora. Quando acabou, liberei meus agentes e queimei os papéis. Não deve ter mais nada escrito sobre eles. Você está me pedindo que eu me recorde de coisas que eu nem lembrava mais.
.....

O Globo.com, 23/06/12
 
 
Torturador conta rotina da Casa da Morte em Petrópolis
 
Chico Otávio / Juliana Dal Piva / Marcelo Remígio
 
 

Na casa na Rua Arthur Barbosa, em Petrópolis, funcionava aparelho clandestino do Centro de Informações do Exército (CIE)
Foto: O Globo / Custódio Coimbra
Na casa na Rua Arthur Barbosa, em Petrópolis, funcionava aparelho clandestino do Centro de Informações do Exército (CIE)O Globo / Custódio Coimbra
RIO — Depois de cinco horas de conversa, o velho oficial estava livre de um dos mais bem guardados segredos do regime militar: o propósito e a rotina do aparelho clandestino mantido nos anos 1970 pelo Centro de Informações do Exército (CIE) em Petrópolis, conhecido na literatura dos anos de chumbo como “Casa da Morte”, onde podem ter sido executados pelo menos 22 presos políticos. Passados quase 40 anos, um dos agentes que atuaram na casa, o tenente-coronel reformado Paulo Malhães, de 74 anos, o “Doutor Pablo” dos porões, quebrou o silêncio sobre o assunto.
No jargão do regime, revelou Malhães, a casa era chamada de centro de conveniência e servia para pressionar os presos a mudar de lado e virar informantes infiltrados, ou RX, outra gíria dos agentes. O oficial não usa a palavra tortura, mas deixa clara a crueldade dos métodos usados para convencer os presos:
Para virar alguém, tinha que destruir convicções sobre comunismo. Em geral no papo, quase todos os meus viraram. Claro que a gente dava sustos, e o susto era sempre a morte. A casa de Petrópolis era para isso. Uma casa de conveniência, como a gente chamava.
As equipes do CIE, afirmou, trabalhavam individualmente, cada qual levando o seu preso, com o objetivo de cooptá-lo. O oficial disse que a libertação de Inês Etienne Romeu, a única presa sobrevivente da casa, foi um erro dos agentes, que teriam sido enganados por ela, acreditando que aceitara a condição de infiltrada.
Malhães só não contou o que era feito com os que resistiram à pressão para trair. Diante da pergunta, ficou em silêncio e, em seguida, lembrou que nada na casa de Petrópolis era feito à revelia dos superiores. As equipes relatavam e esperavam pela voz do comando:
— Se era o fim da linha? Podia ser, mas não era ali que determinava.
Até terça-feira, quando o militar abriu a porteira do sítio na Baixada Fluminense aos repórteres, nenhum dos agentes da casa havia falado sobre ela. O que se sabia era o testemunho de Inês Etienne, colhido em 1971 mas só divulgado em 1979, após o período em que cumpriu pena por envolvimento com a guerrilha da VAR-Palmares. Outras referências ao local apareceram em entrevistas e livros de colaboradores do regime, como o oficial médico Amilcar Lobo, o sargento Marival Chaves (CIE-DF) e o delegado da Polícia capixaba Cláudio Guerra.
Sentado ao lado da mulher no alpendre da casa maltratada pelo tempo, Malhães revelou que já pertencia ao Movimento Anticomunista (MAC) quando ingressou nos quadros da repressão. Sua ascensão, iniciada com um curso de técnicas para abrir cadeados, fazer escuta, aprender a seguir pessoas, foi rápida. Após o golpe militar, passou pela 2 Seção (Informações) e pelo Destacamento de Operações de Informações (DOI) do I Exército (RJ) antes de ingressar no Centro de Informações do Exército (CIE), onde passou a perseguir as organizações da luta armada pelo país.
‘Eu organizei o lugar’
A casa de Petrópolis, na Rua Arthur Barbosa 668, Centro, teria sido um trabalho específico de Malhães já dentro do CIE. Ele afirmou que o imóvel, emprestado à repressão pelo então proprietário, Mario Lodders, não era o único aparelho com esse propósito:
— Tinha outras. Eu organizei o lugar. Quem eram as sentinelas, a rotina e quando se dava festa para disfarçar, por exemplo. Tinha que dar vida a essa casa. Eu era um fazendeiro que vinha para Petrópolis de vez em quando — contou Malhães, que se recusou a revelar o nome das sentinelas e não se deixou fotografar.
Cada oficial, informou, contava com sua própria equipe, que podia incluir cabos, sargentos, policiais federais, delegados ou médicos. De acordo com o coronel, na maioria das vezes, as equipes trabalhavam com um preso de cada vez na casa. Esse seria o motivo alegado por ele para desconhecer o destino de presos citados na lista dos desaparecidos políticos.
— Eu trabalhei uns cinco ou seis. Às vezes, passava de um mês com um — explicou.
O oficial disse que as táticas para cooptar e formar os infiltrados variavam, e cada um deles era detalhadamente estudado antes da abordagem, tanto sua ideologia como a família. Malhães disse que chegou a ficar preso por 30 dias numa cadeia, disfarçado, em tentativa de arregimentar um RX. Depois que os presos mudavam de posição, eles eram filmados delatando os companheiros. No depoimento sobre os cem dias que passou na casa, Inês Etienne relatou que fingiu ser uma infiltrada e foi filmada contando dinheiro e assinando um contrato com seus algozes.
Sobre o destino de alguns nomes de presos, que arquivos ou testemunhas apontam que estiveram na Casa da Morte, ele disse que o ex-deputado federal Rubens Paiva não passou por lá, mas admitiu ter visto Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, comandante da VAR-Palmares desaparecido em fevereiro de 1971.
— O Beto talvez tenha conhecido — informou.
Questionado novamente se os militantes da luta armada eram assassinados, ele respondeu:
— Se ele deu depoimento, mas a estrutura (da organização guerrilheira) não caiu, ele pode ter sofrido as consequências.
O coronel reformado disse que, além da garantia de sigilo, era oferecida ajuda financeira aos infiltrados, embora nem todos aceitassem. Uma reunião do PCdoB em São Paulo, afirmou, teria custado R$ 50 mil. Sem fornecer qualquer prova além das declarações, disse que nem todos os desaparecidos teriam morrido no período.
— Na lista de desaparecidos tem RX. E muita gente morreu em combate. Desaparecido é um termo forçado. Em combate, tudo pode acontecer. E você não vai achar desaparecido nunca — declarou ele, ao negar as formas conhecidas até aqui para desaparecimento dos corpos.
Para o ex-preso político Ivan Seixas, diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política, Malhães é fundamental para esclarecer o destino dos desaparecidos:
— Ele foi um dos três coordenadores operacionais da repressão, ao lado de Freddie Perdigão Pereira e de Ênio Pimentel Silveira, que já estão mortos.

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