segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Uma operação militar de cerco e de aniquilamento

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http://cloacanews.blogspot.com/2012/01/massacre-do-pinheirinho-psdb-de-sao.html



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

 

MASSACRE DO PINHEIRINHO: PSDB DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS RECEBEU R$427 MIL DO RAMO IMOBILIÁRIO EM 2008 

 


 
Por Felipe Prestes, do portal Sul21
 
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O comitê municipal único do PSDB em São José dos Campos recebeu R$ 427 mil de doações declaradas de 22 empresas do ramo imobiliário nas eleições de 2008. O valor representa aproximadamente 20% dos R$ 2.109.475 recebidos pelo comitê. Destes mais de R$ 2 milhões do comitê, cerca de R$ 630 mil foram destinados à campanha vitoriosa do atual prefeito Eduardo Cury (PSDB).
O deputado estadual Fernando Capez (PSDB), irmão do desembargador do TJ-SP Rodrigo Capez, que coordenou a ação policial em Pinheirinho, também recebeu bastante apoio do ramo imobiliário nas eleições de 2010. Quinze empresas do ramo doaram um total de R$ 424.462,02 para a campanha de Capez, 38% de tudo o que ele arrecadou (R$ 1.114.443,90).
Pinheirinho tem área de 1,3 milhão de m² e estava ocupada por 1,6 mil famílias desde 2004. A Prefeitura de São José dos Campos obteve propostas dos governos estadual e federal para inscrever a área em projetos habitacionais sem que tivesse que pagar o valor do terreno, que pertence ao especulador Naji Nahas, mas não quis fazê-lo. Na ação de desocupação, o desembargador Rodrigo Capez esteve no local representando o TJ-SP e ordenou a continuidade das ações — mesmo que liminares da Justiça Federal colocassem um impasse jurídico, só resolvido pelo STJ no dia seguinte à reintegração de posse.

As informações foram extraídas do site do TSE. Clique nas imagens abaixo para conferir.

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http://partidodaimprensagolpista.wordpress.com/2012/01/30/va-chamar-sua-presidenta/

Vá chamar sua presidenta.

Vamos chamar PAULO MALDOS para falar como vítima e testemunha. (da presidência da república)


PAULO MALDOS (Secretaria Nacional de Articulação Social)

Boa noite. Eu queria esclarecer que a minha presença naquela manha se deu devido a um acordo da Presidência da República porque entendemos que haveria um tempo de 15 dias de estudar uma solução.
Como havia este tempo, a partir daquele final de semana, iríamos trabalhar já a partir daquele momento. Trabalhavamos junto ao Prefeito, ao Governador. Eu fiquei incubido de falar com a comunidade.
Procurar as alternativas (Construir casas? Procurar terrenos?). Solucionar.
Eu vim numa missão de escuta. Tinha marcado nove da manha, mas na estrada ainda por celular soube que havia um cerco na comunidade.
Não quis acreditar por conta do pacto. Eu não entendi como poderia estar cercado militarmente aquela comunidade.
Eu cheguei e me deparei com uma situação bastante crítica. Um cerco militar com escudos escrito CHOQUE. Eu quis acessar o comando. Me dirigi até o grupo de soldados, quando cheguei até uns oito metros. E fui advertido que parasse e vi armas em minha direção. Dei a volta e fiquei a uns vinte metros de distâncias.
E conversando com a população, de repente sem mais nem menos, eu senti um ferimento, eu recebi uma bala na perna esquerda. Procurei me esconder. Esta tropa veio atacando a população.
Eu fiquei por nove horas no bairro. Sofremos ondas de ataque. Haviam cercado o Pinheirinho. Pude perceber ataques cada vez mais prolongados. Jogando bombas. Notícias de senhoras sendo espancadas.
Por volta de onze da manha, tentei acessar o comando da operação. Voltei fiquei falando com os jornalistas. Foram chamados por um grupo de oficiais. Eu tentei ir junto, mas fui barrado. Apresentei meu cartão da Presidência da República. Com Brasão. Secretaria Nacional. Ele leu e falou que eu não entrava. Ele falou você : VOCÊ VOLTA E MANDA SUA PRESIDENTA FALAR COMIGO (murmurros).
Foi um militar. Um oficial que tava de azul claro. Acho que era responsável por comunicação.
Gostaria ainda de reforçar o depoimento do David sobre a agressividade. Tentei também a GUARDA CIVIL para tentar acessar o comando da operação. A mesma coisa. Volta, volta. E apontaram armas.
Eu queria dizer o seguinte eu percebi que a PM disse que estava com armas não letais, mas a Policia Federal considera como armas menos letais. E os policiais da guarda civil estavam com armas letais. Pela minha percepção, eles estavam orientados a não realizar nenhum contato, não podiam estabelecer contato com ninguém. Eram pra atacar. Atitude de tratar todos como inimigos. Inimigos a serem dominados, ou eliminados fisicamente.
E tratou-se de um ataque com estratégia. Dois helicópteros. Claramente realizando surtos de ataques orientados de cima por helicópteros. Foi uma operação militar de cerco e de aniquilamento. Tratou-se de um ataque compacto. A presença de parlamentares, religiosos e imprensa deve ter evitado o aniquilamento. Foi muito pior do que conhecemos até agora

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