sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Brasileiros lideram gastos em Nova York e Flórida

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Quinta-Feira, 19 de Janeiro de 2012


BC cumpre tabela e corta Selic em apenas 0,5 ponto. Juros de 10,5% e inflação dificilmente muito superior a 5,5% nos próximos 12 meses garantem aos rentistas um retorno real de 5% no país.
No mundo rico, o cardápio é de taxas negativas ou raspando em zero.
Brasil continua assim um oásis para capitais parasitários que ingressam em massa barateando o dólar: ontem, a moeda norte-americana atingiu a menor valor desde novembro (R$ 1,76).
O de sempre: dólar barato incentiva importações que transferem emprego, renda e produção industrial ao exterior.


20/12/2011

Brasileiros lideram gastos em Nova York e Flórida

 
Por Época NEGÓCIOS Online
 
Reprodução Internet

Times Square em Nova York: é mais fácil achar um brasileiro aqui do que um britânico, por exemplo
Os turistas brasileiros ultrapassaram britânicos, alemães e franceses como os que mais gastam em viagem aos Estados Unidos. Na Flórida, os brasileiros jogaram os britânicos para segundo lugar, gastando mais do que o dobro em compras. E em Nova York, mesmo em número muito inferior a canadenses e italianos, por exemplo, os brasileiros se destacam pela voracidade de consumo, ficando acima de todos os outros em gastos de viagem. Com isso, as secretarias de turismo estão pedindo ao Congresso para diminuir a burocracia e até abolir a obrigatoriedade de vistos para o Brasil.
No ranking geral, os 1,2 milhão brasileiros que foram para os EUA em 2010 chegaram a terceira posição na lista de turistas que mais gastaram por lá, atrás de britânicos e japoneses, de acordo com o Departamento de Comércio americano. Porém, com o agravamento da crise na Europa e a catástrofe do terremoto e do tsunami no Japão, o ano pode fechar com os brasileiros em primeiro lugar. Considerando somente as compras feitas em Nova York e Flórida, já somos o número 1 da lista. 

Reprodução Internet

O cruzamento diante da loja de departamentos Macy's, em Nova York: favorita dos turistas
Segundo dados da secretaria de turismo de Nova York, 700 mil brasileiros devem visitar a cidade até o final deste ano. No ano passado, esses turistas gastaram um total de US$ 1,63 bilhão em Nova York, acima dos US$ 1,42 bilhão gastos por visitantes do Reino Unido ou US$ 1,27 bilhão dos canadenses e US$ 1,1 bilhão dos italianos.
Na Flórida, o movimento é similar. Os brasileiros deixaram US$ 1 bilhão no primeiro semestre do ano, um aumento de 61% sobre o mesmo período do ano passado e mais do que o dobro dos britânicos, que aparecem em segundo lugar no ranking. Entre 2003 e 2010, o brasileiro passou de 7º turista que mais gasta no país para 3º colocado, ultrapassando alemães, franceses, sul-coreanos e australianos. Foi um crescimento de 250%. 
Os turistas brasileiros agora estão no topo da lista dos varejistas. E se não estão, eles são o sonho de consumo deles”, disse Fred Dixon, vice-presidente do departamento de Turismo de Nova York, ao jornal “Wall Street Journal”. A organização está fazendo pressão junto ao Congresso para tornar mais simples e mais rápido o processo de visto para brasileiros, talvez até mesmo abolir os vistos, na expectativa que mais brasileiros decidam ir aos Estados Unidos – e deixar por lá muitos reais.
Mesmo com o aumento do câmbio, os brasileiros devem gastar 60% mais em compras no exterior do que no ano passado, estabelecendo um novo recorde. Cada brasileiro que vai aos Estados Unidos gasta, em média, US$ 5.918 - bem acima dos US$ 4.925 que eram gastos em 2010. Esse movimento se traduz também nas embaixadas que concedem visto para os Estados Unidos. O consulado de São Paulo é o que concentra o maior volume de pedidos em todo o mundo.
O Brasil não é o único país emergente que vem ajudando a movimentar a economia americana. O número de visitantes chineses quadruplicou desde 2003 para mais de 800 mil. E estudos já apontam que os chineses estão gastando mais do que muitos europeus. Resta saber quanto tempo vai demorar para que ultrapassem o entusiasmo dos brasileiros.

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Quinta-Feira, 19 de Janeiro de 2012


Por empregos, EUA aposta na classe média de Brasil, China e Índia


Da Redação


BRASÍLIA – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quer tirar proveito do crescimento econômico e da classe média de Brasil, China e Índia, três dos cinco BRICS, o grupo das economias emergentes mais dinâmicas da atualidade, para gerar empregos para norte-americanos. Por isso, decidiu facilitar a entrada especialmente de brasileiros e chineses no país, a fim de explorar as possibilidades comerciais proporcionadas pelo turismo.
A concessão de vistos nas embaixadas e consulados norte-americanos no Brasil e na China terá novas regras que tornarão o processo menos burocrático e mais rápido
. A iniciativa faz parte de um programa de incentivo ao turismo estrangeiro anunciado por Obama nesta quinta-feira (19), num local escolhido estrategicamente, por ser atração turística: a Disney World, no estado da Flórida.

Segundo uma nota oficial disponível na página eletrônica da Casa Branca, a sede de Presidência norte-americana, turistas brasileiros, chineses e indianos injetaram 15 bilhões de dólares nos Estados Unidos em 2010, com os quais estimularam a criação de milhares postos de trabalho. Dados do Departamento de Comércio indicam que cada turista brasileiro gasta em média 5 mil dólares, enquanto os chineses deixam 6 mil dólares.
No ano passado, ainda segundo o informe da Casa Branca, as seções consulares norte-americanas examinaram um milhão de pedidos de visto de chineses e 800 mil de brasileiros, crescimento de 34% e 42%, respectivamente. Com o novo programa de incentivo ao turismo, o governo Obama quer aumentar esses números em 40% em 2012.

“O número de viajantes provenientes de economias emergentes - e este é um dos alvos da iniciativa do presidente - com crescente classe média, como China, Brasil e Índia, deve crescer 135%, 274% e 50%, respectivamente, até 2016 em relação a 2010. Portanto, há uma enorme oportunidade aí”, diz a nota da Casa Branca, segundo a qual Obama pretende transformar os EUA no destino número um do turismo internacional.

Segundo a Casa Branca, a indústria do turismo representa 2,7% das riquezas produzidas nos EUA durante um ano (PIB) e emprega 7,5 milhões de pessoas. Com o programa de incentivo, um milhão de novas vagas poderia ser criado.
Reeleição e Dilma

O mercado de trabalho é um dos problemas mais delicados nos EUA desde a eclosão da crise financeira mundial em 2008. E se torna um problema ainda maior em um ano eleitoral como será 2012, em que Obama tentará renovar o mandato.

A taxa de desemprego, que em janeiro de 2008 era de 5%, dobrou até 2010. E manteve-se acima de 9% durante quase todo o ano de 2011. No fim do ano, fechou próxima de 8,5%. Como comparação, a taxa brasileira está em 5,2% (último dado disponível, relativo a novembro), a menor da história.

Relatório sobre a economia mundial em 2012 divulgado na última terça-feira (17) pela agência das Nações Unidas que estuda comércio e desenvolvimento (Unctad) prevê que a economia dos EUA vai crescer 1,5% este ano, 0,9 ponto a menos do que na projeção anterior, feita em junho de 2011.

Para a Unctad, os EUA têm problemas políticos – o Partido Republicano, adversário do democrata Obama, não ajuda o presidente, pois quer sucedê-lo – e pode até entrar em recessão.
O plano turístico de Obama lançado nesta quinta-feira (19) tem um objetivo interno, mas também tem impacto do ponto de vista diplomático, já que a presidenta Dilma Rousseff prepara uma viagem aos Estados Unidos para março. Pretende retribuir visita oficial de Obama um ano antes, apenas três meses depois de ter tomado posse.

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