terça-feira, 26 de julho de 2011

Grãos de areia, por Gary Greenberg

O Estadão OnLine, 26 de julho de 2011 | 5h 39

 

Grãos de areia revelam mundo de cores e formas



Um cientista americano fotografa grãos de areia e amplia as imagens mais de 250 vezes, revelando estruturas de formatos inusitados e cores vívidas.
''Cada grão de areia é único'', afirma Gary Greenberg, diretor do Laboratório de Microscopia e Microanálise do Instituto de Astronomia na Universidade do Havaí (EUA).
Greenberg, que fotografa grãos de areia há dez anos, é originalmente fotógrafo e cineasta, mas mudou-se de Los Angeles para Londres nos anos 1970 com o objetivo de tornar-se doutor em pesquisa biomédica pela University College, na capital britânica.
O especialista diz que os grãos trazem consigo histórias sobre a geologia, a biologia e a ecologia da região de onde se originam.
Para captar as imagens, ele utiliza microscópios especiais tridimensionais. Greenberg afirma que fotografar os grãos é uma tarefa complicada, já que os microscópios que ele utiliza têm pouca profundidade de campo, dificultando a obtenção do foco.
''Eu supero essa limitação fotografando uma série de imagens tomadas com focos distintos", afirma o professor.
"Para produzir uma imagem totalmente em foco, um programa de computador analisa cada imagem captada na série, seleciona as que estão bem focadas e descarta as outras''.

Grãos de areia por Gary Greenberg

Gary Greenberg, diretor do Laboratório de Microscopia e 
Microanálise no Instituto de Astronomia na Universidade do Havaí (EUA),
fotografa grãos de areia e amplia as imagens em mais de 250 vezes, 
revelando cores e formatos curiosos

O professor começou a registrar as imagens de areia há dez anos, 
quando desenvolvia microscópios tridimensionais.
Seu irmão, que morava em Maui, no Havaí, 
enviou-lhe um tubo cheio de areia, para estimulá-lo a ir visitá-lo

O tubo de areia ficou armazenado em sua estante por meses, 
mas um dia Greenberg resolveu conferir um grão em um de seus microscópios.
''Me assombrei com o que vi''

''Os grãos de areia de cada praia são únicos. Já vi areia de milhares de praias em todo o mundo e nunca vi dois iguais. Não existem dois iguais.
Cada grão é único e cada um tem uma história para contar sobre a geologia, 
biologia e ecologia da região'', diz o especialista

Greenberg diz que é difícil fotografar pequenos objetos, já que os microscópios óticos ou de luz têm pouca profundidade de campo, dificultando o foco.
Para contornar o problema, ele registra uma série de imagens com diferentes níveis de foco. 
As imagens são incluídas em um computador que descarta as desfocadas.

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