quinta-feira, 23 de junho de 2011

Americanos querem ação para conter imigração

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São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 2011


Americanos querem ação para conter imigração

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Pela primeira vez desde 2006, a maioria dos americanos acredita ser "extremamente importante" uma ação do governo para deter o fluxo ilegal de imigrantes na fronteira do país.
A pesquisa do instituto Gallup mostra que 53% dos entrevistados colocaram essa preocupação no topo da agenda.
Outros 29% consideram o assunto "muito importante" e apenas 7% acreditam que o controle das fronteiras não deve receber tanta energia do governo Obama.
A sondagem, realizada entre os dias 9 e 12 últimos, mostra um aumento de 11 pontos na classificação "extremamente importante", em comparação com maio de 2010.
A preocupação, no entanto, é ligeiramente maior entre os mais velhos, homens e brancos.
Os republicanos são os mais envolvidos com o tema - 68% o classificam como "extremamente importante", contra 42% dos democratas.
A percentagem de americanos que querem urgência nas ações também aumentou. Hoje, 43% deles querem uma solução comece a ser tomada neste ano, contra 36%, em 2010.
A maioria (55%), no entanto, prefere que a solução tenha como foco um maior rigor na fronteira, e não um plano para os imigrantes ilegais que já estão no país.

EXAUSTO DE SER ILEGAL
Em meio a uma crescente demanda por soluções para o problema da imigração nos Estados Unidos, um ex-repórter do "Washington Post" e vencedor do Pulitzer revelou que faz parte da imensa massa de ilegais no país.
Em artigo na versão on-line da revista do "New York Times", Jose Antonio Vargas disse estar "exausto" de esconder seu segredo.
Ele aproveitou o desabafo para fazer campanha pela aprovação, pelo Congresso, do "Dream Act", lei que prevê a cidadania a imigrantes que chegaram ao país com menos de 16 anos de idade e estudaram ou se alistaram para o serviço militar.
Vargas saiu das Filipinas com 12 anos para morar com os avós na Califórnia, mas disse só ter descoberto seu "status" quatro anos depois.
"Lembro que a minha primeira reação foi: 'Ok, é isso: [devo] me livrar do sotaque'", disse, em entrevista à ABC News. "Só pensava que não podia dar motivos para duvidarem que sou americano."
No artigo publicado pela revista, o jornalista contou os obstáculos que enfrentou para não ter seu segredo revelado. E admitiu que usava uma credencial falsa para cobrir eventos para o "Washington Post", inclusive um jantar na Casa Branca.

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