São Paulo, segunda-feira, 30 de maio de 2011
"Bruxa de Guaratuba" é condenada a mais de 21 anos por homicídio
NATÁLIA CANCIAN
DE SÃO PAULO
Dezenove anos após o crime, a paranaense Beatriz Abagge foi condenada pela morte do menino Evandro Caetano, 6, em um ritual de magia negra em Guaratuba, no litoral do Paraná.
Beatriz, que ficou conhecida como "Bruxa de Guaratuba" e era filha do prefeito na época, deve cumprir 21 anos e quatro meses de prisão.
Porém, por já ter cumprido parte da pena - ela foi presa em 1992 e passou cerca de três anos em uma penitenciária e dois em regime domiciliar -, Beatriz tem direito ao regime semiaberto.
Sua mãe, Celina, também era apontada como suspeita do crime, mas não foi a júri por ter mais de 70 anos. Para ela, o crime já prescreveu.
O júri popular decidiu pela condenação de Beatriz por quatro votos a três. A defesa afirma que irá recorrer.
Antes do julgamento, que acabou no sábado, as Abagge já haviam comparecido aos tribunais em 1998, e foram absolvidas. O júri, no entanto, foi anulado.
Desde então, dois pontos permanecem sendo questionados: o laudo que comprova que o corpo encontrado em abril de 1992 era de Evandro e as denúncias de tortura supostamente sofridas pelas Abagge antes de confessarem a morte do garoto.
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