quinta-feira, 31 de março de 2011

O maior crime de lesa-pátria já cometido contra o Brasil

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Um curto resumo das diversas matérias já enviadas antes desta última abaixo que deixam absolutamente transparente o porque a privatização da Vale do rio Doce é considerada o maior crime de lesa-pátria já cometido contra o Brasil.

E "viva" o PSDB, FHC, Serra e sua súcia entreguista!

"Nunca se soube do paradeiro da montanha de milhares de toneladas em minério de ferro de propriedade da Vale do Rio Doce; e que valiam bilhões. Tal fortuna, simplesmente “deixou de existir” nos relatórios de avaliação de preço para a venda da estatal. O mais bizarro, é que após a venda por um valor muito aquém do que ela valia; essa fortuna em minério de ferro ressurgiu de algum vórtice temporal e fez a, agora privatizada Vale, valorizar suas ações e seus ativos em bilhões."

"A Vale do Rio Doce teve lucro de R$ 30 bilhões em 2010 -10 vezes o preço pago pela empresa na privatização decretada pelo governo FHC, em 1997. Em tempo: a Vale era a Petrobrás dos minérios. Hoje a riqueza mineral brasileira rende R$ 30 bi de lucros líquidos aos acionistas e a empresa paga apenas 2% de royalties ao país."

"Pior: um ano antes de privatizar a Vale, FHC desativou a única unidade de fabricação de trilhos existentes no Brasil, na CSN. Fez barba e cabelo: entregou a matéria-prima e inviabilizou uma importante área de agregação de valor."

"Hoje o país embarca minério bruto para a China e importa trilhos chineses para a expansão das ferrovias brasileiras. Agnelli vai distribuir US$ 4 bi aos acionistas, mas se recusa a investir US$ 1,5 bi numa laminadora de trilhos no Brasil."


Reestatização da Vale, já!

 
São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 2011

Jogo dos 7 erros

MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO

O presidente do conselho de administração do Bradesco, Lázaro Brandão, é conhecido pelo comportamento glacial. Seja qual for o tamanho da crise, ele reage com frieza. Não exibe sinais de nervosismo nem eleva a voz, segundo seus interlocutores.
Sua relação com Roger Agnelli, o presidente da Vale que será substituído pelo engenheiro Tito Martins, como a Folha revelou ontem, tinha ingredientes de carinho de pai para filho.
Agnelli foi o indicado por Brandão. Era o criador se deliciando com a performance de sua criatura.
Mesmo assim, Brandão elevou a voz numa conversa telefônica com Agnelli. Não foi um grito, segundo uma testemunha da cena. Mas Brandão falou alto: "Chega, Roger, não dá mais".
Não se sabe exatamente o que Agnelli dizia do outro lado da linha, mas é possível inferir por conta das articulações que ele fez para permanecer na presidência da maior empresa privada da América Latina. E nenhuma dessas articulações interessava ao Bradesco, que busca continuar com os serviços do Banco Postal, uma concessão do governo que lhe rende R$ 1 bilhão por ano.

INTERESSES PESSOAIS
O "chega, Roger" talvez seja a tradução mais acabada de que o presidente da Vale elevara seus interesses pessoais acima dos interesses do Bradesco. Ele contrariou um dos mandamentos do banco: o de colocar a instituição acima dos interesses pessoais.
Inimigo de Guido Mantega (Fazenda), Agnelli passou a significar mais riscos que lucros por conta do passivo de erros estratégicos que cometera (leia quadro ao lado).
A maioria desses erros tem relações com o caráter anfíbio da Vale - a diretoria da empresa comporta-se como seus pares no setor privado, mas o seu controle (exatamente 58,1%) está nas mãos de um fundo de investimentos controlado por um fundo de pensão atrelado ao governo, a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil.
A irritação do governo com Agnelli vem de 2009, quando o então presidente Lula sentiu-se afrontado com a demissão de 1.300 trabalhadores da empresa.
Lula ficou contrariado porque pedira aos empresários que não demitissem. Que moral teria para fazer esse pedido ao setor privado se uma empresa controlada por um fundo de pensão público não atendera a seu apelo?

ÁPICE
O ápice desses confrontos ocorreu nas últimas duas semanas, com as articulações de Agnelli para permanecer no cargo. Duas dessas tentativas de encurralar o governo irritaram a presidente Dilma Rousseff, segundo interlocutores ouvidos pela Folha:
1) a articulação que o presidente da Vale fez junto ao DEM para que Mantega fosse convocado pela Câmara para explicar por que queria tirar Agnelli do cargo;
2) o vazamento para a imprensa de que o Bradesco concordara em entregar a cabeça de Agnelli ao governo. Para o Planalto, foi o próprio Agnelli que espalhou a informação, numa tentativa desesperada de manter o cargo.
A articulação com o DEM colocava em risco a continuidade do Bradesco à frente do Banco Postal, cujo contrato será renovado no final do ano, e fragilizava a Vale num momento em que a empresa precisa do governo e sua base no Congresso.
Um projeto de lei prevê a taxação de minérios exportados, que hoje são isentos de impostos. Foi para não ter um pato manco negociando com o Congresso que o Bradesco entregou a cabeça de Agnelli ao governo.

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