domingo, 20 de fevereiro de 2011

O modelo Luanda das eletrotecas

Incompetência, negligência, entreguismo, subserviência, elitismo, corrupção,.... É isto o que refletem os (des)governos tucanos.

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São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2011

O MODELO LUANDA DOS ELETROTECAS

ELIO GASPARI

O secretário de Energia de São Paulo, doutor José Aníbal, propôs que conjuntos residenciais, shopping centers e empreendimentos comerciais comprem geradores de energia para consumi-la nos horários de pico e para protegerem-se dos apagões. É o "macrogato". Pode-se estimar que existam 20 mil geradores particulares em São Paulo. No Rio, devem ser 5.000 e a redundância está disseminada no Nordeste.
A secretaria sustenta que, se há 20 mil geradores ligados em São Paulo durante o horário de pico, quando a energia é mais cara, eles "enfatizam o custo-benefício e a racionalidade da ideia". Falso.
A racionalidade desses eletrotecas tucanos não vale para o andar de baixo, que não tem como gastar R$ 20 mil num gerador para livrá-lo dos apagões.
Esse é o preço de um equipamento que garante a iluminação das áreas comuns de um edifício e o funcionamento de um elevador.
A secretaria informa também que o doutor Aníbal "propõe a cogeração somente para geradores a gás natural ou etanol", que não ofendem o meio ambiente. Promessa.
O PSDB governa São Paulo há 15 anos e o número de geradores a gás ou etanol operando no Estado é desprezível. Eles queimam óleo diesel e a Cetesb só exige licença para equipamentos de grande potência.
As políticas geradoras de apagões das privatarias tucana infiltraram no Brasil a matriz de Luanda, onde uma parte da população é obrigada a recorrer à redundância para se proteger da escuridão. Em Nova York ou Paris ainda não apareceu quem defendesse "macrogatos". Lá, cogeração de energia é outra coisa, séria.

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